12 janeiro 2006

"Dada" no Centro George Pompidou em Paris


















"Dada foi um dos movimentos artísticos internacionais mais marcantes do início do século XX. Nascido em Zurique, em pleno conflito mundial, o movimento dada reuniu em 1916 criadores vindos de toda a Europa, revoltados contra os valores da época e determinados por um desejo unânime de mudança. Dada é testemunha de grandes mudanças na imprensa ilustrada , na rádio, no cinema. Atacando as formas da linguagem, os dadaístas foram críticos acesos da sociedade. Dada não tem um programa estético. Muitas vezes considerado como um movimento destruidor, Dada foi extremamente produtivo. Ready-made, performance, poesia sonora, colagens, são alguns dos processos utilizados pela constelação de artistas dada."





















Cenografia da Exposição

Num percurso que propõe sem se impor um desenvolvimento cronológico, a cenografia da exposição Dada organiza-se sobre uma grelha que tende a abrir-se, deslocar-se até desaparecer completamente. O espaço da galeria (2200 m2) é constituído por cerca de 40 células com cerca de 30 m2, dedicados a um artista, um lugar, um tema ou um acontecimento marcante de Dada. A cenografia apoia-se nas linhas mestres de Dada: de um lado, um aparente caos reflecte a profusão criativa das centenas de artistas do movimento, de outro, o rigor metódico do movimento. A estrutura em grelha evoca claramente o jogo de xadrez e as suas estratégias, usadas por numerosos dadaístas. O visitante tem a oportunidade de escolher o seu percurso, seguindo as suas afinidades conforme vai fazendo as suas descobertas. Os espaços sucedem-se, sempre renovados na sua morfologia cenográfica, nos jogos de frente a frente entre a abundante produção escrita e as obras plásticas. Os percursos são pontuados por paredes-vitrinas. O espaço espartilhado converge para um espaço mais amplo no final da Galeria onde as enormes janelas do centro abrem para a cidade de paris e para a projecção do filme «Entr’acte» de René Claire.”

«Les Objects trouvés sont priés de tenir en laisse leur Avis»
Kurt Schwitters

«Ce que nos appelons dada est une bouffonnerie issue du néant et toutes les grandes questions y entrent en jeu ; un geste de gladiateur ; un jeu avec de misérables résidus ; une mise à mort de la mortalité et de l’aondance qui ne sont que postures»
Hugo Ball

«L’émotion indisciplinée entichit la conscience»
Clément Pansaers

«Dada lui ne sent rien, il n’est rien, rien, rien,
Il est comme vos espoirs : rien
Comme vos paradis : rien
Comme vos idoles : rien
Comme vos artistes : rien
Comme vos religion : rien…»
Francis Picabia

«DADA se charge de la police à pédales et de la morale en sourdibe.»»
Tristan Tzara





















Selecção de Imagens