19 maio 2007

Press Release


Possible

Acreditar naquilo que não podemos apreender
é mais real que aquilo que nós podemos apreender


Simone Weil

Curadoria
Ana Luísa Barão

Artistas
Ana Guedes
Ana Torrie
André Alves
Carla Capela
Carlos Pinheiro
Dinis Santos
Emanuel Santos
Marta Bernardes
Nuno de Sousa
Pascal Ferreira


Inauguração a 26 de Maio
19h-23h
Patente até 29 Julho 2007
Entrada gratuita


CAPC, Círculo de Artes Plásticas. Parque de Santa Cruz
de Terça a Sábado: das 14 às 19.00horas
tel. 239 401764 e-mail. capc@ip.pt


Para mais informações, por favor contactar Ana Luísa Barão através do e-mail analuisabarao@gmail.com ou tlm. 938563118.


_exposição

Os projectos apresentados resultam de uma proposta feita a nove artistas seleccionados pela comissária Ana Luísa Barão. Pretendia-se que desenvolvessem os seus projectos partindo da leitura do romance de Henrique Vila-Matas, História abreviada da literatura portátil e de ideias como o carácter portátil dos objectos, a sua transportabilidade, as noções de embalagem, invólucro ou caixa, a ideia de colecção ou do que é coleccionável, os mecanismos de fuga à realidade, o que é verdadeiro ou falso, a ficção, o efémero, o logro e a prova falsa, o acto fraudulento, etc.

Através da instalação, do vídeo, do desenho e da fotografia estes artistas exploram um universo em que a história é encarada enquanto construção de sucessivas ficções, onde o conceito de irrealidade se mescla com a factualidade ou a simulação.

Recorrendo a exageros e distorções lógico-linguísticas, só alguns indícios, por vezes dissimulados, ajudam a clarificar o verdadeiro sentido do expresso. Este jogo semântico é utilizado como estratégia de criação de não-sentido ou de um sentido-outro nos projectos de Nuno Sousa, Carlos Pinheiro, André Alves e Marta Bernardes/Dinis Santos. Numa diferente perspectiva, a ironia é usada como dispositivo de simulação, que no caso dos projectos apresentados por Carla Capela e Emanuel Santos, fazendo referências directas e indirectas a questões práticas do quotidiano, transformando o próprio espaço do objecto numa entidade passível de ser portátil. Nas instalações de Ana Guedes, Pascal Ferreira e Ana Torrie o espaço expositivo é sobretudo um lugar em que se acredita que apenas as coisas mínimas permitem uma vivência intensa e que tudo é simultaneamente susceptível de se tornar portátil, objecto de culto em potência, que pode ser escolhido, fabricado ou simulado, e nesse sentido coleccionável.

_obras

Ana Guedes
Portable cinemas advanced kit – Paradise Edition, 2007
Estrutura metálica, lona, carrinho de golf, e projector super 8 Super Cinexin
Carrinho de golf: 66x116x85
Estrutura: 100x100x300 cm

André Alves
Apaixonei-me por uma longínqua distância, 2007
Vídeo; 03'15"; cor, som.
Instalação (materiais diversos)
Dimensões variáveis;

Ana Torrie
Se bem me lembro..., 2007
Caneta, ecoline e tinta-da-china sobre papel
Dimensões variáveis

Carla Capela
Lugar de estacionamento portátil, 2006
Impressões a cores, tapete de borracha e Vespa pk de 1991.
Dimensões variáveis

Carla Capela
O meu Castelo de Areia, 2006
Impressões a cores, areia, contraplacado marítimo, dobradiças, fechos, cerâmica cozida
Dimensões variáveis

Carlos Pinheiro
Pensare, 2007
Grafite, papel
Dimensões variáveis.

Emanuel Santos
Vitrina portátil (biblioteca), 2006
Madeira, cartão, tinta acrílica
34x24x21,5 cm

Emanuel Santos
Vitrina portátil (galeria), 2006
Madeira, cartão, tinta acrílica
34x24x21,5 cm

Emanuel Santos
Vitrina portátil (filatélica), 2007
Madeira, cartão, tinta acrílica
34x24x21,5 cm

Emanuel Santos
Espaço cenográfico portátil, 2006
Madeira, tinta acrílica
32x20x20 cm

Marta Bernardes
S/título, 2006
Vídeo digital, Mini DV, DVD

Dinis Santos/ Marta Bernardes
S/título, 2005
Vídeo digital, Mini DV, DVD

Nuno de Sousa
Livro Aberto, 2006
Livro encadernado, plinto, 50 folhas arrancadas do livro; desenhos a tinta-da-china sobre papel
Livro (21,3x14,7 cm); Plinto (100x25 cm); 90 Desenhos (área total: 250x75 cm)

Pascal Ferreira
Tenho a certeza que maior parte das vezes fico para sempre perto de ti, 2006
MDF, Madeira Pinho, Metal, Resina de Poliuretano, Areia, Esmalte Forja.
90x160x70 cm


_biografias


Ana Guedes nasceu em Braga em 1981. Entre 1986 e 2001 frequentou o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, onde obteve o 8º Grau de Piano e o 3º de Violoncelo. Licenciou-se em Artes Plásticas – Escultura pela FBAUP em 2004. Entre 2003 e 2004 frequentou, enquanto bolseira Erasmus, a FBA da Universidade de Barcelona. Entre 2004 e 2005 frequentou também aulas de piano na Escola de Jazz do Porto. Desde Outubro de 2005, frequenta o Mestrado de Artes Visuais – Intermédia na Universidade de Évora onde apresentará tese orientada por Pedro Portugal. Participou em vários Workshops: Improvisação orientado por Óscar Marcelino da Graça no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga (2004); Workshop de História do Jazz orientado por José Carlos Santos, na Associação Cultural “Velha-a-Branca”, Braga (2004); Workshop “One Minute Sound”, orientado por André Neto no âmbito do Ovarvídeo – 11º Festival de Vídeo de Ovar (2006). Participou em várias Exposições: “Contra os Péssimos Hábitos” dos alunos do 3º ano de Escultura no Espaço de Intervenção Cultural “Maus Hábitos”, Porto (2002); “Transfigurações – por uma narrativa autoreferencial”, Museu da FBAUP (2004); “Blue Screen” na Galeria do Palácio de Cristal, Porto, (2005) e em “Narrativas” na Galeria Sete, Coimbra, (2006).

Ana Torrie nasceu no Porto em 1982. É aluna finalista do curso Artes Plásticas - Escultura da FBAUP. É membro do colectivo artístico “Senhorio”, onde tem participado e editado em grupo e individualmente vários fanzines que abordam a área do desenho, BD e ilustração: “C(r)oquete”, “Busto” , “Álbum de família”. Participou também nas exposições organizadas pelo Senhorio: “Pintado à mão”, Senhorio, Porto (2005); “Menino da lágrima”, Artes em Partes, Porto, (2005). É membro do grupo de intercâmbio cultural “Identidades” desde 2004.

André Alves nasceu em Gaia em 1981. Licenciou-se em Artes Plásticas – Pintura pela FBAUP em 2005 e frequenta o Mestrado em Ensino das Artes Visuais (FPCEUP/FBAUP). Premiado para o programa "6 th Artist in Residence" no espaço artístico Hotel Mariakapel (2006) e "gARBa – Young artists in residence in Basilicata" em Montescaglioso (2004). Foi membro do grupo de intercâmbio cultural "Identidades" entre 2002 e 2005. É membro do colectivo artístico "Senhorio", onde tem participado e editado em grupo vários fanzines que abordam as áreas do desenho, BD e ilustração: "Pingue", "Busto", "Mister". Das exposições em que participou destaca: "O estado novo que é o antigo" na Reflexus Arte Contemporânea (2007) "Coisa, controlada pelo medo de Identificação" no In.Transit, um project room de Paulo Mendes (2007); "Como ser Invisível" no Museu da Sociedade Martins Sarmento (2006); "Different Places" no Westfries Museum, Hoorn (2006); "All my independent Women I, II & III" uma colecção de trabalhos feministas comissariada por Carla Cruz, em Guimarães, Braga e Lisboa (2005/06); "Aunt Nell Gis" na Kunstvlaai 06 (2006); "3 Large Drawings" no Hotel Mariakapel (2006); "Pintado à mão" no Senhorio (2005); "Fechado, 27 Artistas, Uma Casa a Demolir" e "Projectos Transportados" no Laboratório das Artes (2005).

Carla Capela nasceu em Espinho em 1980. Licenciou-se em Artes Plásticas – Escultura pela FBAUP em 2004. Entre 2003 e 2004 frequentou, enquanto bolseira Erasmus, a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona. Participou em vários Workshops: Workshop de Animação promovido pelo Cinenima, Espinho, (1995); Workshop internacional de Escultura “Statique/Mobile” em St. Hippolyte du Fort, França (2004). Participou em várias Exposições: “Contra os Péssimos Hábitos” no Espaço de Intervenção Cultural “Maus Hábitos”, Porto, (2002); “Rebuçado” em parceria com Christopher King e Tommy Tang na “Papabubble”em Barcelona, Espanha, (2004); “Transfigurações – por uma narrativa autoreferencial” no Museu da FBAUP, (2004); “Mns Ideias no Lugar” no Museu Nogueira da Silva, Braga, (2004); “Statique/Mobile” em St. Hippolyte du Fort, França, (2004); “Unsupportable reality” na Galeria “Meno Parkas” em Kaunas, Lituânia (2004); “Olhar pró Boneco” no Espaço de Intervenção Cultural “Maus Hábitos”, Porto, (2005); “Entre o Corpo” na Galeria Sete, Coimbra, (2006) e “Sr. Cavaleiro Andante” no Espaço de Intervenção Cultural “Maus Hábitos”, Porto (2006).

Carlos Pinheiro nasceu no Porto em 1981. Licenciou-se em Artes Plásticas – Escultura pela FBAUP em 2004. Foi membro do grupo de intercâmbio cultural “Identidades” entre 2000 e 2004 onde organizou e participou em várias exposições, workshops e intervenções em espaço público em Moçambique, Cabo Verde, Brasil e Portugal. Em 2005 e 2006 realizou em parceria com Mónica Faria a cenografia e figurinos para “A Festa de Spiro Scimone” e “Antskupananabra, Sketches de Karl Valentim” na Companhia Teatral Comédias do Minho. É membro fundador do colectivo artístico “Senhorio”, onde tem participado e editado em grupo e individualmente vários fanzines que abordam as áreas do desenho, BD e ilustração: “Barba”, “Pingue”, “Busto”, “A Fome Faz Sair o Lobo do Mato”, “- Não me contes o fim. - Eles morrem todos!”. Trabalha actualmente com a Galeria MCO Arte Contemporânea. Participou em várias exposições com destaque para: “Espaço de Liberdade Experimental”, trabalho colectivo realizado no âmbito da exposição Outros Lugares, FBAUP/FDUP, FDUP. (2004); “Pintado à Mão”, Exposição de Sócios do Senhorio. Senhorio, Porto, (2005); “Salvia Oficinallis”, exposição realizada em conjunto com Marta Bernardes. MCO Arte Contemporânea, espaço Living Room, Porto. (2005); “A Pattern of Isllands”, exposição integrada na colectiva “Olhar para o Boneco”. Maus Hábitos, Porto, (2005); “Ocelos”, SMUSEUM, MCO Arte Contemporânea, Porto, (2006); “Wall Paper”, exposição Colectiva de Desenho no espaço Stock Hause, MCO Arte Contemporânea. Porto, (2006).

Emanuel Santos nasceu no Porto, em 1980. Licenciou-se em Artes Plásticas – Escultura na FBAUP, (2006). É membro fundador da Associação Cultural “Senhorio”, formada em 2004, e que funciona como espaço de reflexão, concretização e divulgação de práticas artísticas. Integra o Grupo de Teatro da Faculdade de Belas Artes do Porto desde 2001, onde actualmente desempenha os cargos de Encenador/Actor/Cenógrafo. Participou em várias exposições colectivas: Exposição colectiva de Escultura, Espaço Maus Hábitos, Porto (2002); “Outros Lugares”, na Faculdade de Direito (FDUP), Porto, (2004); “O menino da lágrima”, “Senhorio”, Porto (2005).

Dinis Santos nasceu em São João da Madeira em 1983. Frequenta actualmente o 5º ano de Pintura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Realizou vários workshops e trabalhou como assistente de montagem na Fundação de Serralves.

Marta Bernardes nasceu no Porto em 1983. Licenciou-se em Artes Plásticas – Pintura na FBAUP em 2006. Nesse âmbito desenvolver vários projectos que variam entre o desenho, a acção, a performance, e o objecto. Tem desenvolvido várias actividades no âmbito das artes performativas e da música: performance de António Preto e Catarina Felgueiras no Siloauto (Porto) no contexto do ”Danças na Cidade”, Nec, em colaboração com João Sousa Cardoso (2004); integrou o grupo de poesia Gaixa Geral de Despojos apresentando recitais no teatro do Campo Alegre e nos jardins do Palácio de Cristal (2004). Pertence ao colectivo “Senhorio” onde participa como co-fundadora e colaboradora nos Fanzines: “Barba”, “Pingue”, ”Croquette”, “Busto”. Integra o projecto de cancionetismo “ Senhor Doutor “ juntamente com Nuno Sousa, Sérgio Martins, Rui Lima, Ana Ulisses e Sérgio Seabra, cujas últimas aparições aconteceram respectivamente no espaço Maus Hábitos, no âmbito do encerramento da exposição "Olhar para o boneco" apresentando o espectáculo " Recital em si próprio" (2004) e no espaço 555 apresentando “Recital em dó mino” (2005). O “Senhor Doutor” apresentou ainda o espectáculo “Recital em lá longe” no espaço Passos Manuel, Porto, (2006). Participou em várias exposições “100 desenhos: Fricção, Impressão, Diluição”, Maus Hábitos / Corpus Christi, Vila Nova de Gaia; “Living Room” da Galeria MCO (2005); “ Salvia - Officinallis” em parceria com Nuno Sousa na MCO, (2005); “Menino da lágrima”, Espaço Artes em Partes, Porto, (2005); “Pintado à mão”, Senhorio, Porto, (2005); Espectáculo multimédia “SONO” no Auditório do Museu de Serralves, Porto, Programa paralelo à Exposição “ Caminho do Leve” de E. M. Melo e Castro; Performance “Díptico” com Mónica Faria e António Preto no “Serralves em Festa”, 2006 e finalmente a performance “Sacrifício de verdade” e o vídeo “Ocidente”Galeria MCO, Porto (2006).

Nuno de Sousa licenciou-se Artes Plásticas – Escultura pela FBAUP (2006). É membro co-fundador do colectivo artístico “Senhorio” desde 2004, no qual tem participado na produção e publicação de vários fanzines ligados à área do desenho, BD e ilustração. Integra como compositor, letrista e intérprete os projectos musicais “Stowaways” e “Sr. Doutor”, contando já com diversas actuações nacionais nomeadamente: concertos transmitidos em directo para a Antena 3 e Sic Radical; participação nos Festivais de Verão de Vilar de Mouros e Paredes de Coura, Festival do Tejo, Festival de Pedrógão Grande, Festival de Carviçais; concertos em várias salas de espectáculos, com destaque para Teatro Sá da Bandeira – Porto, Teatro Campo Alegre – Porto, Café Concerto do Teatro Rivoli – Porto (integrado no Festival Fantasporto 2004), Tertúlia Castelense – Castelo da Maia, Cinema Passos Manuel – Porto, Hard Club - Gaia, B Flato – Matosinhos, Espaço Maus Hábitos – Porto, Casa das Artes – Arcos de Valdevez, Casa das Artes – Famalicão, Santiago Alquimista – Lisboa, Espaço Clinic – Alcobaça, entre outros. Participou em várias Exposições: “Outros Lugares - FBAUP/FDUP”, com o trabalho “Espaço de Liberdade Experimental”, Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Porto, (2004); “MNS ideias no lugar”, Museu Nogueira da Silva, Braga, (2004) “Olhar P’ró Boneco”, trabalho “As cartas não coram”, Espaço Maus Hábitos, Porto, (2005); “Inclinações Territoriais”, MCO - galeria de arte contemporânea, Sala “Chez Duchamp”, Porto (2005); “Pintado à mão” , Espaço “Senhorio”, Porto, (2005).

Pascal Ferreira nasceu em Paris em 1971. Vive e trabalha na cidade do Porto. Licenciou-se em Artes Plásticas – Escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, em 1996. Actualmente lecciona, como assistente do Departamento de Escultura, nesta mesma faculdade. Participou em várias exposições individuais: “Como é bom Cagar no Campo: férias no Alentejo” e “S. Pascalino”. Galeria EXTERIL, Porto, (2002); Projecto “Estarrecidos, Esbugalhados e afins...”: contacto nº1 – “O apalermado”. Galeria EXTERIL, Projecto “Mais Hábitos”, CASA das ARTES, Porto, (2003); Projecto “Estarrecidos, Esbugalhados e afins...”: contacto nº 2. Galeria Exteril, Porto. (2003); Projecto “Estarrecidos, Esbugalhados e afins...”: contacto nº5 – “Fostes tu?!”. Evento “15 minutos de FAMA”, Galeria Exteril, Porto. (2005); “Tudo sobre roda...”. Galeria VPF cream arte, Lisboa, (2006) e “Quem vai ao ar perde o lugar...”. Projecto “Show Cage”, Papelaria Papélia. Porto, (2006). Participou igualmente em várias exposições colectivas com destaque para: Projecto “Pascalito” – história nº1: “esta é uma história, uma história do Pascalito que era dono de uma Sucata”. Espaço Maus Hábitos, Porto (2001); “Se fores realmente amigo, não mexes no botão!..., uma história que fala de um menino que vai salvar...”. Projecto “Fictional Buzzing”, Espaço Artmosferas, Porto, (2001); Projecto “Pascalito” – história nº2: “esta é mais uma história, a história da Menina do Regador”. Projecto “In.Bloc”, Espaço Maus Hábitos, Porto, (2001); Projecto “Estarrecidos, Esbugalhados e afins...”: contacto nº0 – “Macaquinhos do Sótão”. Espaço Maus Hábitos, Porto (2002); Projecto “Pascalito” – história nº3: “projecto para uma Vida Simples”. Espaço Maus Hábitos, Porto. (2003) e Projecto “Estarrecidos, Esbugalhados e afins...”: contacto nº3 e 4. Projecto ”Olhar pró boneco”, Espaço Maus Hábitos, Porto, (2005).