03 abril 2006

Mónica Faria - Narrativas












CV
Mónica Faria nasceu em 1979 em Espinho. Vive e trabalha no Porto.
Licenciada em Artes Plásticas - Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em 2005. É membro activo do grupo Identidades (Cooperativa Gesto/ Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), grupo de intercâmbio cultural e artístico. Foi também fundadora e é membro activo do colectivo Senhorio tendo participação nas edições das fanzines Barba, Pingue, C(r)oquete e Busto em 2005. Participou nas seguintes exposições colectivas: Blue Screen, galeria da Biblioteca Almeida Garret, Porto (2005); Outros Lugares, Faculdade de Direito da Universidade do Porto (2004); M.S.N.- Ideias no Lugar, Museu Nogueira da Silva, Braga (2004).

Sinopse
Meada é um video de longa duração em que num plano único uma acção contínua decorre.
Um corpo envolvido em lã vermelha de arraiolos (o da própria artista) desvela-se progressivamente estabelecendo um elo de dádiva e reciprocidade com uma dubadoura, elo materializado no próprio fio que é o nexo, neste caso, invertido do acto de dubar. (dubadoura: objecto da tradição dos arraiolos que é usado numa fase inicial e preparatória da feitura do tapete- o antes de acontecer).
Num jogo de objectualização do corpo e de humanização do objecto (que tendo em conta o carácter autobiográfico da obra, é sobretudo da ordem dos afectos) as premissas primeiras da relação instrumental do objecto e funcional do corpo são alteradas e por isso poetizadas.
Esta subversão questiona o limite das coisas tangiveis e visiveis bem como as suas significações:uma dança entre os pressupostos da morte e do nascimento, da preparação do acontecimento e do acontecimento em si, da dor e da libertação, a relação abrangente do significado de fim e principio.
Um duelo mudo e passivo.

























Meada, 2006
Vídeo, Cor.